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Mostrando postagens de agosto, 2010
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"Parecia guerra; carros largados, gente correndo" DO RIO O estudante João Roberto Magalhães, 20, chegava ao condomínio onde mora, na avenida Aquarela do Brasil, em São Conrado, quando ouviu gritos e tiros. "Vi um cenário de guerra. Carros largados, com marcas de tiros, pessoas correndo." Ao chegar em seu prédio, cinco homens bateram no vidro do carro, pedindo que ele abrisse a porta. Magalhães conta que se recusou e o grupo seguiu adiante, correndo. . Como não havia porteiro para abrir a guarita, o estudante abandonou o carro e correu em direção a outra entrada. "Eu corria e tentava me proteger dos tiros. Caí no chão, me ralei todo, mas consegui entrar". . Outra moradora, que não quis se identificar, contou que o tiroteio, ensurdecedor, começou às 8h20, "Nunca vi nada igual. As pessoas gritavam apavoradas dentro de seus apartamentos." . Para o hóspede americano Douglas Sheldon, administrador de um fundo de investimentos, a invasão do Intercontine
Na propaganda, Dilma cola em Lula, e Serra foca "social" Petista vai se apresentar e tucano quer comparar sua biografia com a da rival Com menos recursos e tempo na TV, Marina apostará em artistas, e Plínio vai recomendar a eleitor vídeos no site DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA Na estreia do horário eleitoral gratuito, na próxima terça-feira, Dilma Rousseff (PT) apostará todas as fichas na associação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto José Serra (PSDB) vai investir em mostrar programas de seu governo, para tentar mostrar que tem "sensibilidade social". Fora da polarização entre os dois líderes nas pesquisas, Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) apostam em recursos gráficos, artistas e no suporte da internet para compensar a falta de tempo na TV. O programa do PSDB, comandado por Luiz Gonzalez, incluirá quadros em que Serra visita beneficiários de programas criados por ele. Ele já gravou ao lado de trabalhadores rurais beneficiados pelo Pron
ENTREVISTA TOM FEILING Só legalização da cocaína separa drogas da violência ESCRITOR INGLÊS LANÇA LIVRO NOS EUA COM HISTÓRICO DA DROGA, CUJO CONSUMO, SEGUNDO DIZ, VOLTA A CRESCER ENTRE OS JOVENS VAGUINALDO MARINHEIRO DE LONDRES Tom Feiling, um documentarista e escritor de 42 anos, quer convencer o mundo de que o consumo de todas as drogas deve ser livre. "Só há uma forma de evitar milhares de mortes provocados pelo tráfico: a legalização da droga, principalmente a cocaína", diz o britânico, que acaba de ter o seu livro "Cocaine Nation: How the White Trade Took Over the World" publicado nos EUA. Feiling faz um amplo e detalhado histórico da cocaína, desde o tempo em que era consumida pelos andinos antes da chegada dos espanhóis até os dias de hoje, quando, afirma, está voltando à moda entre os jovens. O escritor morou um ano na Colômbia e pretende voltar para lá. Por essa razão, pediu que não fosse publicada uma foto sua. "A Colômbia é um lugar maravilhoso. Mas
Desigualdade prejudica a democracia, diz estudioso Situação do Brasil é "intermediária", diz o professor Leonardo Morlino Para presidente da Ipsa, alternância no poder é importante, mas há países democráticos com governos longos UIRÁ MACHADO ENVIADO A RECIFE (PE) A desigualdade econômica e social no país e na América Latina afeta a qualidade da democracia na região, diz Leonardo Morlino, presidente da Associação Internacional de Ciência Política (Ipsa). Para ele, ao se aproximar da Venezuela e do Irã, Lula não ajuda em nada a democracia. Manter relações com o Brasil dá a Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad, líderes de países não democráticos, um tipo de legitimidade no cenário mundial: "Lula deveria ter mais cuidado". Professor da Universidade de Florença, Morlino, 63, abriu o 7º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política, realizado de 4 a 7 de agosto em Recife (PE). Folha - O sr. está elaborando um trabalho no qual sugere oito dimensões para analisar a qua
Próximo Texto | Índice Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Fila de espera Convencido de que conseguirá eleger Dilma Rousseff (PT), Lula tem dito a auxiliares que pretende discutir com sua candidata as indicações mais importantes em aberto no plano federal, pois elas terão mais impacto no futuro governo do que no atual. Além do substituto de Eros Grau no STF, está em "stand by" a definição de nomes para agências como Anvisa (saúde), ANP (petróleo) e Anatel (telecomunicações). O presidente quer evitar novas disputas entre aliados em plena campanha eleitoral. Por isso, tentará esticar a corda: tudo o que puder esperar será resolvido apenas depois do fechamento das urnas. Gasolina 1 Em entrevista a uma rádio de Pernambuco, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) ouviu do apresentador a recomendação de não levar os governadores de Estados que abrigarão jogos da Copa a conhecer Joanesburgo, porque "aquilo é uma m.". O ministro respondeu: "Quem for para São
Conferência sobre segurança on-line realizada nos EUA na semana passada alerta para riscos da vida digital; veja dicas para se proteger Isaac Brekken/Associated Press Demonstração de invasão de caixas eletrônicos durante a Black Hat 2010 AMANDA DEMETRIO DE SÃO PAULO Na internet, nada é completamente seguro. Estamos expostos a problemas como mensagens indesejadas, programas maliciosos e invasão de privacidade. Achou pouco? Uma das maiores conferências sobre segurança digital, a Black Hat, realizada na semana passada nos Estados Unidos, mostrou que existe ainda mais perigo. Os caixas eletrônicos não estão a salvo. O pesquisador de segurança Barnaby Jack conseguiu invadir as máquinas e fazer com que elas liberassem dinheiro. Notas falsas de dólar, é claro. Jack contou que comprou duas máquinas de caixa eletrônico e se debruçou sobre o código delas por anos. No fim, descobriu vulnerabilidades por meio das quais conseguiu invadi-las. Outra preocupação que a Black Hat levantou foi em relaçã
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice MAURO PAULINO Mulher do NE é alvo de investida Taxa de indecisão nesse segmento, de 19%, é a maior do país, diz Datafolha SEGUNDO A ÚLTIMA pesquisa do Datafolha, a maior taxa de indecisão na intenção de voto estimulada para presidente encontra-se entre as mulheres nordestinas. Há 19% nesse segmento que, mesmo estimuladas com cartão contendo os nomes dos candidatos, afirmam estar indefinidas. Entre os homens residentes no Nordeste, essa taxa cai para 8%. Já entre as mulheres do Sudeste ou do Sul são apenas 11% as que ainda não se definiram. É cada vez mais frequente as campanhas eleitorais focarem com especial atenção o eleitorado feminino. Tornou-se clássica a propaganda que encerrou a campanha do PT em 2002, na qual mulheres grávidas vestidas de branco caminhavam sorridentes em direção às câmeras. Já naquela disputa era possível verificar que determinadas tendências do eleitorado foram antecipadas pelas eleitoras, em especial entre as que trabal
BRASíLIA - Faltam meros dois meses para o Brasil eleger um novo presidente, 27 governadores, senadores e deputados. Há algumas tendências já definidas nas principais disputas. A imprevisibilidade fica agora por conta do desempenho dos candidatos nos debates e na propaganda eleitoral. Há cinco debates já marcados e confirmados entre os principais candidatos a presidente. O primeiro é nesta quinta-feira, na TV Bandeirantes. A propaganda eleitoral começa dia 17 próximo. Tanto no caso dos debates como do horário eleitoral, quem está na frente ou com tendência de alta entra para empatar. Já os candidatos em desvantagem precisam ser mais estridentes, ofensivos, para produzir uma reviravolta. Não é fácil modular o tom nessas horas. Em 2006, no segundo turno, o tucano Geraldo Alckmin foi ao ataque contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva. À primeira vista, parecia ser a estratégia correta. Deu tudo errado. O PT ganhou mais quatro anos no Planalto. Agora, começa a se desenhar um cenário semel

Eliane Catanhede

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Texto Anterior | Próximo Texto | Índice MARCELO GLEISER O erro de Kepler Devemos julgar afirmações sobre "teorias de tudo" com enorme ceticismo; nosso conhecimento é limitado Em 1596, com o furor de uma mente devota, o jovem Johannes Kepler, então com apenas 25 anos, publica seu primeiro livro, "Mysterium Cosmographicum" ou "O Mistério Cosmográfico". Nele, o astrônomo principiante propõe nada menos do que a solução para a estrutura do Cosmo, o que acreditava ser o plano divino da Criação. Tudo se deu durante uma aula que ministrava para um punhado de estudantes desinteressados. Quando explicava as conjunções dos planetas Júpiter e Saturno, Kepler se perguntou se o fato de Saturno estar aproximadamente duas vezes mais longe do Sol do que Júpiter era sintoma de uma ordem mais profunda: talvez a estrutura cósmica seguisse as regras da geometria. Fosse esse o caso, a mente humana teria acesso aos segredos mais profundos da Criação e à mente de Deus. E a língua