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Mostrando postagens de outubro, 2010
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros CLAUDIO WEBER ABRAMO Alarmismo antipopular Não são poucos nem pouco poderosos aqueles que se opõem ao próprio espírito da Lei da Ficha Limpa O JULGAMENTO, pelo Supremo Tribunal Federal, de recurso apresentado pelo político paraense Jader Barbalho contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral que lhe negara registro de candidatura nas eleições deste ano trouxe de novo à atenção a chamada "Lei da Ficha Limpa". Essa legislação, inédita mundialmente, apareceu como decorrência da necessidade, amplamente reconhecida, de reduzir a desenvoltura com que, no Brasil, aventureiros invadem e ocupam a política. Não são poucos nem pouco poderosos aqueles que se opõem ao próprio espírito dessa lei. Um exemplo saliente é o do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Durante o julgamento do recurso de Barbalho, Mendes exibiu com notável truculência a natureza conservadora das resistências que persistem à Lei da Ficha Limpa.
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Sinal amarelo As intempéries da reta final do primeiro turno mantêm as campanhas de Dilma Rousseff e José Serra de prontidão até a abertura das urnas. Distantes da zona de conforto com a qual flertaram em 3 de outubro, petistas temem uma última onda de panfletagens religiosas e manifestações em missas e cultos. Tucanos, preocupados com a abstenção estimulada pelo feriado, se empenham para assegurar que os eleitores votem amanhã, sobretudo na região Sudeste. Apesar de insistirem na desqualificação das pesquisas, serristas já admitem, em privado, que uma virada depende de "fatores imponderáveis". Campo minado Geraldo Alckmin encerra hoje seu périplo pró-Serra percorrendo Campinas, Guarulhos e São Bernardo, três maiores cidades de SP nas quais Dilma venceu no primeiro turno e que somam 2,1 milhões de eleitores. À tarde, vai a Suzano, outro reduto petista. QG Os tucanos montaram telões para acompa
TSE concede, pela primeira vez, direito de resposta no Twitter Tribunal aceitou o pedido da coligação de Serra contra o deputado petista Rui Falcão FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu pela primeira vez um direito de resposta no microblog Twitter. Ao discutir o tema, ministros se mostraram preocupados com o efeito da decisão. O tribunal aceitou pedido da coligação "O Brasil Pode Mais", do tucano José Serra, contra o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), que teve de postar dois "tweets" -mensagens de no máximo 140 caracteres- escritos pela campanha de Serra, em resposta a outros dois comentários feitos por ele no dia 19. Na ocasião, ele afirmou, num primeiro "tweet": "Cuidado com os telefonemas da turma do Serra. No meio das ligações, pode ter gente capturando seu nome para usar criminosamente...". No segundo, disse: "...podem clonar seu número, pode ser ligação de dentro de presídios, trote, ameaça de sequ
Cármen Lúcia critica falta de acesso a ação contra Dilma, mas nega pedido da Folha por razões processuais STF vê censura prévia em tribunal militar Cármen Lúcia critica falta de acesso a ação contra Dilma, mas nega pedido da Folha por razões processuais Ministra argumentou que não poderia tomar uma decisão antes do término do julgamento do mandado no STM DE BRASÍLIA Ao negar acesso da Folha ao processo relativo à atuação de Dilma Rousseff na ditadura (1964-1985), a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia disse que é possível ver "censura prévia" na conduta do STM (Superior Tribunal Militar). O tribunal trancou os autos do processo da candidata a presidente do PT em um cofre, há sete meses, e suspendeu, por duas vezes seguidas, o julgamento de mandado de segurança protocolado pelo jornal, que tenta obter acesso à papelada. "É certo que toda Justiça que tarda falha", escreve a ministra. Para ela, a atuação do tribunal militar e da AGU (Advocacia Geral da Uni
RUY CASTRO Estrela a jato RIO DE JANEIRO - Ainda sobre Pelé, no dia de seus 70 anos. Quando se atenta para certos aspectos de sua biografia, conclui-se que ele não tinha alternativa. Pelo menos no começo, as coisas precisariam ter sido exatamente como foram para que ele se tornasse quem foi. Quando chegou ao Santos, por exemplo, com pouco mais de 15 anos, Pelé estava estreando suas primeiras calças compridas. Foi morar na pensão de uma senhora conhecida de seus pais e ia de bonde para o trabalho. Dois anos depois, já campeão do mundo pela seleção e cobiçado pela Europa, podia comprar quantos apartamentos e carros quisesse, mas continuou morando na pensão e andando de bonde. Pelé tinha voz grossa, mas ainda era muito infantil. Na seleção, os mais velhos lhe perguntavam o nome de uma fruta que começasse com M, apenas para ouvi-lo dizer "Minduim". Ou se ele já tinha se acostumado a viajar de avião, para que respondesse: "Não, eu não me adapito". Aliás, Pelé não poderi
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros TENDÊNCIAS/DEBATES Marina, liderar é preciso JOSÉ AUGUSTO GUILHON ALBUQUERQUE O apoio a Dilma tornaria Marina uma linha auxiliar do lulismo e desqualificaria a trajetória que a separou deste governo e de seu ex-partido Forma-se, aos poucos, um consenso, dando como certo que a senadora Marina Silva se omitirá no segundo turno das eleições presidenciais. Os argumentos são muitos e de peso, mas não me convencem, pois não fazem jus ao perfil moral e político que, pelo que pude observar até agora, distingue-a de outras figuras políticas. E não é uma opinião de última hora. Consultando meus alfarrábios, encontrei estes comentários, de agosto de 2009, destinados a um amigo, observador, como eu, da conjuntura política: "Acho que, se o Lula quisesse eleger um sucessor do PT e se aferrasse a impô-lo ao partido, a Marina seria o mais próximo possível de uma candidatura imbatível. Imagine um político não político, mulher, inteiramente
Tendências/debate Numeros da distribuição de renda JOÃO SICSÚ O movimento socioeconômico brasileiro caminha em direção ao desenvolvimento, mas essa caminhada ainda está longe do ponto ideal de chegada Distribuir renda e reduzir desigualdades injustas deveriam estar sempre entre as prioridades de qualquer governo. Para medir a distribuição e a desigualdade de renda, normalmente são utilizados dois indicadores: o índice de Gini, para medir a chamada distribuição pessoal da renda, e a participação das rendas do trabalho no PIB, para medir a distribuição funcional da renda. No caso brasileiro, o índice de Gini é calculado com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. Mais de 96% das rendas declaradas na pesquisa correspondem a rendas do trabalho e a transferências públicas. Sendo assim, a desigualdade medida pelo Gini/Pnad não é adequada para revelar a distribuição da renda entre trabalhadores, de um lado, e empresários, banqueiros, latifundiários, proprietários d
Até onde devem ir os esforços para cortejar líderes religiosos é questão que divide a campanha de Dilma Rousseff. Para uma ala, que tem Antonio Palocci como expoente, a candidata corre o risco de se tornar refém dessa agenda e das demandas pontuais de interlocutores. Pensa da mesma forma a assessora licenciada de Lula Clara Ant, adversária da ideia de Dilma assinar nova carta voltada ao eleitorado evangélico. Para outra ala, depois do revés sofrido às vésperas do primeiro turno, é melhor "pecar pelo excesso". Foi o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, com trânsito na Igreja Católica, quem garantiu aos evangélicos que Dilma endossaria o documento. Primeira edição Em meados de agosto, a campanha petista mandou imprimir o boletim "Ao Povo de Deus", que incluía uma carta na qual a candidata declarava ser do Congresso a prerrogativa de tratar de temas "como aborto, formação familiar e uniões estáveis". No lápis A queda de seis pontos percentuais regist
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....................................................... TENDÊNCIAS/DEBATES Para que não fique pior do que está MAURÍCIO RIBEIRO LOPES .................................................................................... Não importa se o candidato Tiririca teve mais de 1,3 milhão de votos; nem 50 milhões poderiam revogar o texto da nossa Constituição O Ministério Público é essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica e do regime democrático, segundo o artigo 127 da Constituição Federal. A mesma Constituição diz que analfabetos são inelegíveis. Nas recentes eleições, ao Ministério Público Eleitoral, na defesa da ordem jurídica e do regime democrático, para garantir a soberania popular por meio do sistema representativo, coube impugnar por diversas vias a candidatura de Tiririca, pelas dúvidas levantadas em relação a ele ser não alfabetizado. Não importa se o candidato teve mais de 1,3 milhão de votos. Nem 50 milhões poderiam revogar o texto da Con
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Jose Flavio, bancario Clovis Rossi e os articulistas da Folha tomam partido antiLula. Notória aversao da Folha em relacao ao nordestino Presidente. Prefere falar do Lulismo. Nao fala da reforma politica partidaria e eleitoral. Prefere, é mais facil, falar do Presidente, como se este fosse SuperHomem. Nao é. Clovis Rossi nao fala da estrutura economica que vigora no País. Quem comanda a mídia? Quais grupos controlam a televisao e os jornais, os portais na internet? CLÓVIS ROSSI Filho sim, pai nem tanto SÃO PAULO - Vale para Lula e para o lulismo a avaliação do lulista Jaques Wagner, governador reeleito da Bahia e um dos bons quadros do PT, segundo o qual "não existe carlismo sem ACM". Ou seja, sem Antonio Carlos Magalhães. É óbvio, caro Jaques. Vale, de resto, para todos os caudilhos, coronéis, líderes populares ou populistas: nenhum deles sobrevive a seu criador. A eleição, de resto, demonstrou rotundamente que o lulismo, mesmo vivo o seu fundador, é bem menor que Lula. Uma c
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Jose Flavio de Araujo, bancario. Quanta pobreza de espirito da Eliane! Escreveu: politica e bruxaria. Nada a ver. Poxa, nao sabe pensar, nao sabe escrever. Acorda, Eliane. Fale algo concreto. O Brasil é diverso. Lula ganhou as duas no segundo turno. Ponto para a democracia, o segundo turno. Oportunidade para nomearmos os verdadeiros defensores da coisa publica. Dilma e Lula sao progressistas. Querem o Trabalho. Serra é mantido pelo Financistas, pelos banqueiros, industriais. Acostumados a especular. O segundo turno será oportunidade para mostrarmos estas diferenças. ELIANE CANTANHÊDE Política e bruxaria BRASÍLIA - Afinal de contas, quem venceu o primeiro turno? Dilma ganhou porque ganhou mesmo. Teve 14,3 pontos a mais, quando a regra diz que quem vence o primeiro turno vence o segundo e está virtualmente eleito. Mas Dilma também perdeu, e muito, porque ela e Lula cantaram vitória antes da hora e houve uma reversão de expectativas. Isso suscita uma série de lugares-comuns, como: Dilma c
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CARLOS HEITOR CONY Debate do segundo turno RIO DE JANEIRO - DILMA - Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. SERRA - Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! DILMA - Para sempre seja louvado! SERRA - Ave Maria, cheia de graça, o Senhor seja convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus! DILMA - Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém. SERRA - o Senhor é o meu o pastor... DILMA - ... e nada me faltará. SERRA - Deixai vir a mim as criancinhas... DILMA - ... e quem nunca pecou atire a primeira pedra. SERRA - Não só de pão vive o homem... DILMA - De que vale ao homem possuir todo o mundo se vier a perder a sua alma? SERRA - Os últimos serão os primeiros... DILMA - Eu sou o caminho, a verdade e a vida... SERRA - Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. DILMA - O meu reino é o da verdade e da justiça. SERRA - Verdadeiramente é digno e justo, racional e salutar, que, sempre e e