Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2011
Imagem
FERNANDO RODRIGUES A anomalia das microssiglas BRASÍLIA - O Brasil tem 29 partidos políticos. Todos são bancados pelo dinheiro de quem paga impostos. É natural, numa democracia, a sociedade assumir tal tipo de custo. Mas o modelo brasileiro é anômalo. Sofre de democratismo. Diferentes são tratados como iguais. Quando acabou a ditadura militar, nos anos 80, optou-se corretamente por facilitar a criação de novas siglas. Afinal, o sistema partidário estava dilapidado. Que florescessem as mil flores. Só que passaram-se perto de três décadas e a leniência continua. Grupelhos quase sem voto seguem com seus espaços, mesmo sem ter expressão nas urnas. Esse é o caso do PC do B, partido envolvido no atual escândalo do Ministério do Esporte. Trata-se de uma microssigla. Tem 15 deputados e 2 senadores. Quando aparece na TV e no rádio (espaço bancado com dinheiro público), tem a mesma visibilidade oferecida ao PT, PMDB ou PSDB, siglas muito maiores e com mais representatividade popular. OR
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros HÉLIO SCHWARTSMAN A maldição da abundância SÃO PAULO - Compreensivelmente, o secretário da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, Renato Villela, não gostou da coluna "A doença fluminense" (18/10) e pôs-se a rebatê-la no artigo "O Rio vai bem, obrigado" ("Tendências/Debates", ontem). Se tivesse lido o texto com um pouco mais de atenção -e um pouco menos de paranoia-, teria visto que não "desqualifiquei a posição do Rio na defesa de suas receitas constitucionais". O que afirmei é que o Estado está gastando mal os recursos do petróleo. Escrevi também que, no caso de uma nova repartição, nada indica que as demais unidades federativas vão fazer melhor uso dos valores. As informações de Villela confirmam o diagnóstico. Dois terços do dinheiro recebido em 2011 foram para a Previdência estadual. Faria sentido alocar os royalties nesse sistema se ele constituísse um fundo de pensão, com inve