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JUS AGENDI:
A campanha sera dificil. Tambem, pudera. Com o quadro partidario eleitoral é dificil equilibrar as forcas do taboleiro politico. Os financistas descredenciarão a ministra Dilma, ao passo que o Serra será o mocinho da historia. Mas, muita agua vai rolar.
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Os jornais do Sul nao brincam com o PT e seus aliados. Alias, nordestino no Sul é visto como intruso. Por maior que seja a popularidade do Presidente Lula, transferir voto num ambiente em que os partidos nao se identificam por suas propostas é muito dificil.



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Kennedy Alencar, articulista da Folha, escreve:
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Campanha negativa
BRASÍLIA - "Quem bate perde", costuma dizer o publicitário Duda Mendonça. Será? Ele próprio idealizou uma campanha negativa mortal. No segundo turno da eleição para prefeito de Belo Horizonte em 2008, Márcio Lacerda (PSB) parecia a caminho do cadafalso.
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O governador Aécio Neves (PSDB-MG) chegou a cristianizar Lacerda. Disse que o adversário, Leonardo Quintão, era do PMDB, aliado no Estado, e tudo bem. Mas Duda fez paródia arrasadora de Quintão com o humorista Tom Cavalcante. Imperdível na internet.
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Comum nos EUA, esse tipo de campanha destaca mais os defeitos do oponente do que as qualidades do seu candidato. No Brasil, a campanha negativa é recurso para emergências. Em 2002, Regina Duarte disse ter medo de Lula. Não funcionou. Slogan de Duda: "A Esperança Venceu o Medo".
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Esta eleição será palco de campanhas negativas enfáticas de Dilma Rousseff, a candidata de Lula, e de José Serra, aquele que desde sempre se prepara para governar o país.
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O quase choro de Dilma ontem no PAC 2 sinaliza intensificação da estratégia plebiscitária. O PT pintará Serra como volta aos anos FHC. Sugerirá que ele acabará com o Bolsa Família e as políticas para os mais pobres. Lula se encarregará de semear uma dúvida entre os eleitores: valerá a pena arriscar?
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Sem saída, Serra dialoga com o eleitorado lulista. Reconhece que o presidente termina bem o governo e apenas deseja melhorar sua obra. Deputado, senador, ministro, prefeito e agora governador, ele dirá que é um risco entregar a Presidência a quem nunca disputou uma eleição, a uma mulher talhada para número 2, mas não para número 1.
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Em 2004, deu certo. Serra evitou criticar Marta Suplicy, à frente de gestão bem avaliada na Prefeitura de São Paulo. "Eu sou melhor", dizia. É um caminho -talvez o único diante de governo tão popular. Mas o Brasil não é São Paulo, praça com maior média de rejeição ao PT.

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