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Mostrando postagens de julho, 2010
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Mesmo com os clichês e as distorções, a trama de "O Clone", de 2002, reaproximou os brasileiros de Marrocos Após ficção da Globo, número de visitantes brasileiros em Marrocos deu um salto, indo de centenas para 16 mil DE SÃO PAULO Os clichês e distorções da novela "O Clone", em 2002, soaram ofensivos para a maioria dos marroquinos radicados no Brasil. Mas a ficção de Glória Perez foi fundamental para reaproximar os brasileiros de Marrocos, que andava meio sem apelo por aqui desde os anos 80. No país falsamente retratado pela Globo, marroquinos colecionavam mulheres, membros do sexo feminino estavam relegados à insignificância social e chibatadas eram distribuídas a esmo. Às favas o rigor documentário! Importa que as imagens e cenários emplacaram no imaginário brasileiro, e Marrocos voltou a ser pop. Praticamente todas as TVs brasileiras pegaram carona no sucesso da novela e fizeram programas especiais sobre o país, que retornou às capas de revistas de turismo. Desde
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br Quatro razões A "Economist" postou na home "Quatro razões para acreditar no Brasil" ou "para acreditar que pode ser tão grande quanto China e Índia". Em resposta a Martin Wolf, que escreveu no "Financial Times" que "o Brasil não pode se tornar ator global tão grande quanto os dois gigantes", buscou Rubens Ricupero. Falando a investidores de Hong Kong, o ex-ministro avaliou que "pela primeira vez o Brasil tem condição propícia em quatro áreas que barravam crescimento": commodities, petróleo, demografia e urbanização. Argumenta que, por 50 anos, a metade do aumento populacional virá de países que consomem "commodities em alta exponencial". Que "o sucesso da Petrobras no mar transformou a energia no Brasil". Que a redução na fertilidade está levando à queda na "taxa de dependência" de crianças e idosos. E que o êxod
São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2010 Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Explosão, lado bom O uso constante de mecanismos de controle emocional pode elevar demais os níveis de tensão, prejudicando a saúde física e mental Marcelo Justo/Folhapress IRENE RUBERTI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A sensação de calor percorre o corpo, o coração dispara, a mente fica confusa: ataque de raiva a caminho. Manter esse tipo de emoção sob controle é visto como sinal de equilíbrio. Mas novos estudos apontam que evitar a explosão pode fazer mal, tornando a pessoa mais tensa e fechada. Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, entrevistaram jovens que estavam entrando na faculdade. Concluíram que os que receberam maiores notas por suprimir emoções tinham mais dificuldade para fazer amigos. Em outro estudo, pessoas instruídas a demonstrar indiferença ao comentar um documentário sobre bombardeios não conseguiam disfarçar a tensão nas conversas. De acordo com o estudo, as pessoas

Ferreira Gullar, sobre Jornais

No curso das últimas décadas, muitos jornais do Rio que fizeram história pararam de circular A PRIMEIRA VEZ que entrei numa redação de jornal foi em São Luís do Maranhão. O jornal era "O Combate", cujo redator-chefe chamava-se Erasmo Dias, famoso por seus editoriais implacáveis. Fui até lá levado pelo poeta Manoel Sobrinho, o primeiro que conheci na vida, quando estava certo de que todos os poetas já haviam morrido, tal como os que lia na "Gramática Expositiva", de Eduardo Carlos Pereira. Erasmo estava sentado numa sala pequena e escura, que mais parecia um buraco, e comia o almoço, ali mesmo, numa marmita, sobre sua mesa de trabalho. Manoel Sobrinho me apresentou a ele e pediu-me que lhe entregasse o soneto que trazia no bolso e que assinalaria minha estreia na literatura universal. De boca cheia, Erasmo garantiu que o publicaria no dia seguinte -e o publicou. Intitulava-se "O Trabalho", se não me engano. Saí um tanto desapontado com o ambiente daquela re
LAURA CAPRIGLIONE ENVIADA ESPECIAL A ANAPU (PA) Quando a mata era fechada, as imensas castanheiras da gleba Bacajá, onde a irmã Dorothy Stang foi assassinada no último dia 12, tinham de esticar seus caules bem alto, para achar uma nesga de sol. Disso resultaram troncos imensos, com até 60 metros de altura (um edifício de 20 andares). Queimadas sucessivas para construir pastagens derrubaram toda a floresta em torno das árvores. Ficaram os troncos imensos incinerados, as copas desfolhadas, capim recém-plantado embaixo. Espectros sinistros da floresta abatida, as castanheiras mortas têm como destino o desabamento. Ao longo da estrada de terra que corta a gleba vêem-se várias delas no chão. As araras vermelhas, sempre em duplas, o único animal a conseguir abrir a casca do ouriço onde podem caber até 30 castanhas, voam de toco em toco, procurando o alimento extinto. Às vezes, deixam sementes de outras espécies de plantas no tronco morto. Germinadas com as chuvas que desabam no Pará nesta ép
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice EMÍLIO ODEBRECHT O Brasil e o Mercosul O compromisso brasileiro com a integração regional tem sido uma prioridade de todos os governos que tivemos, desde 1985, quando Brasil e Argentina afastaram anos de desconfianças mútuas para dar início a um amplo programa de cooperação. Ao olhar para nossa geografia, entendemos por que isso faz sentido. O Brasil tem fronteiras com nove países (além do território ultramarino francês da Guiana) e dimensões equivalentes a quase metade de todo o subcontinente. A floresta amazônica é compartilhada com sete vizinhos. Centro da maior bacia hidrográfica do mundo, o rio Amazonas é brasileiro, mas também é peruano. A maior usina hidrelétrica do país, Itaipu, fica na fronteira com o Paraguai e sua administração é compartilhada entre os dois países. Somos brasileiros, mas nosso destino é sul-americano. Nesse contexto e no conjunto de iniciativas no rumo dessa integração, destaca-se o Mercosul, criado em 1991. Formado in
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CLÓVIS ROSSI Vergonha pouca é bobagem SÃO PAULO - A América Latina é a região mais desigual do mundo. O Brasil é o 9º colocado nesse desgraçado torneio da desigualdade, revela o Índice de Desenvolvimento Humano ajustado para a desigualdade, novo indicador do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Já seria motivo suficiente para sentir vergonha, mas o relatório oculta o pior: o tal índice de Gini, usado para medir a desigualdade, abarca apenas as diferenças entre salários, que, de fato, vêm caindo no Brasil nos últimos anos. Não é preciso ter PhD em Harvard para saber que a desigualdade mais obscena não é entre assalariados, mas entre renda do capital e renda do trabalho. Claudio Dedecca, professor do Instituto de Economia da Unicamp, chegou a apontar um eventual aumento nessa desigualdade, a partir da informação de que, "nas pesquisas que apontam queda da desigualdade, só entram os ganhos salariais e com a rede de proteção
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice ELIANE CANTANHÊDE As Farc, lá e cá BRASÍLIA - O famoso... como é mesmo o nome dele? Ah, sim. O famoso Indio da Costa, candidato a vice de Serra por pressão do DEM e por absoluta falta de opções, vem apanhando um bocado por jogar as Farc no centro do debate eleitoral e no colo do PT. Deve ter sido por inexperiência, mas acabou se revelando uma jogada oportuna a partir dos últimos fatos políticos eletrizantes aqui no continente. Imagine você o embaixador da Colômbia na OEA mostrando filmes, fotos aéreas, nomes, locais, testemunhas, um denso material para comprovar que a Venezuela de Chávez abriga, sim, acampamentos não apenas das Farc mas também do ELN, o outro grupo guerrilheiro colombiano. Chávez contra-ataca anunciando o rompimento das relações entre os dois países, às vésperas da troca de governo de Álvaro Uribe para seu ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, que toma posse dia 7. A impressão é que a Colômbia decidiu chutar o pau da barraca
FERNANDO DE BARROS E SILVA Ficha Rica SÃO PAULO - É um caso e tanto, bizarro e intrigante, este envolvendo Selmo Santos, candidato a deputado federal pelo DEM de São Paulo. Ele declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 91,6 milhões. É o sexto mais rico entre os mais de 5.700 candidatos à Câmara. Mas R$ 80 milhões da fortuna de Selmo vêm da participação em uma universidade que não existe, conforme foi revelado, nesta Folha, pelo repórter Breno Costa. O Centro Universitário Livre do Meio Ambiente, ou "Unilma", foi criado em 2002, com direito a brasão e estatuto registrado em cartório, mas o MEC desconhece a sua existência. Segundo o advogado de Selmo, a Unilma "está em fase de implantação, recolhendo patrocínios". Seu endereço, no entanto, é uma casa de família bem simples na zona leste. O próprio Selmo, o milionário, mora numa espécie de casebre em São Mateus, na periferia da cidade. A explicação para a farsa passa, pelo menos em parte, pela "casa" q
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br Épico washingtonpost.com Na capa, Tio Sam oferece "emprego com autorização de segurança". No total, já são 854.000 americanos com acesso "top secret" O "Washington Post" se reergueu ontem com uma radiografia da "América top secret". Na manchete, "Um mundo escondido, crescendo além do controle". Em suma, "O governo fez um sistema de segurança nacional tão grande, complexo e difícil de gerenciar que ninguém sabe se está cumprindo seu propósito: manter os cidadãos seguros". Entre outros dados do "mundo de segredo criado em reação aos ataques de 11 de Setembro", o "WP" contou 1.271 organizações estatais e 1.931 privadas contra o terrorismo. Em 10.000 escritórios pelos EUA, analistas fazem 50.000 relatórios sobre "documentos e conversas" por ano, "volume tão grande que muitos são rotineiramente ignorados".
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice FERNANDO DE BARROS E SILVA "Serra Palin" SÃO PAULO - O título não é meu, infelizmente. Vi pela primeira vez a conexão entre o vice de Serra, Indio da Costa, e Sarah Palin, a vice de John McCain na campanha americana de 2008, num blog chamado "Na Prática a Teoria É Outra" (www.napraticaateoriaeoutra. org), ou "NPTO", do cientista social Celso Rocha de Barros. É, vale destacar, um blog excelente, com análises ao mesmo tempo muito finas e cheias de humor sobre "política e adjacências", de um autor que se diz "meio esquerdoso, social-democrata não tucano (nem anti-tucano), que acredita que o PT (e a rede de movimentos sociais que o compõem) ainda pode ser salvo de si mesmo". Marcelo Coelho, que talvez goste dessa definição e mantém outro blog excelente, também aproximou Indio e Palin num post de anteontem. É uma boa coincidência. A escolha do jovem conservador boa-pinta e desconhecido para vice de Ser
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice FERNANDO RODRIGUES Ficção BRASÍLIA - PSDB e PT estão no poder há quase 16 anos: Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). O tucano e o petista fizeram poucos esforços para modernizar a política. Só houve alterações pontuais, muitas vezes para pior. Na semana passada, o presidenciável José Serra (PSDB) falou sobre o tema: "Apesar das resistências, vou peitar a reforma política". Dilma Rousseff (PT) também já se declarou a favor dessa reforma. Diz defender uma constituinte exclusiva -um Congresso com poderes especiais para alterar as regras com quorum facilitado. Não está claro como Serra vai "peitar" esse obstáculo nem como Dilma fará uma constituinte limitada à reforma política. Nenhum deles forneceu detalhes em seus planos de governo entregues neste mês à Justiça Eleitoral. Quando se observa a vida real, há razão de sobra para desconfiar da real intenção de ambos. No caso de Serra, ele cri
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice FERNANDO DE BARROS E SILVA Monstros políticos SÃO PAULO - Há uma certa histeria em curso. Ela tem origem no temor de que, sem Lula, o chamado radicalismo petista ganhe corpo e se aproprie do "Brasil brasileiro". A manifestação mais candente dessa fantasia conservadora estava na capa da revista "Veja" da semana passada. A representação da ameaça na figura daqueles monstrinhos tarados era de doer. Juntou-se o que há de mais infantilizante e infantilizado na cultura de massas de hoje com uma espécie de apelação de segunda mão do imaginário caduco da Guerra Fria -um tipo de macarthismo tropical e tardio à moda spielberguiana. Lula seria, segundo essa versão predominante do alarmismo, um agente moderador, uma garantia contra os radicais do PT. Mas há também uma versão segundo a qual Lula é, ele próprio, uma ameaça à democracia no país. E, embora contraditórias, as duas se misturam no mesmo caldo de cultura. Segundo o presidente da
inesperadamente. E vai além, na verdade, de qualquer discurso sonolento. O QUE O MÉDICO DISSE Ele disse não parece bom ele disse parece mau aliás muito mau ele disse eu contei trinta e dois deles em um pulmão antes de parar de contar eu disse fico feliz não ia querer saber que tem mais do que isso lá ele disse por acaso você é religioso você se ajoelha em bosques na floresta e se permite pedir ajuda quando encontra uma cachoeira a névoa soprando contra seu rosto seus braços você para e pede clareza nesses momentos eu disse não mas pretendo começar hoje mesmo ele disse sinto muito ele disse gostaria de ter outro tipo de notícia para dar eu disse Amém e ele disse algo mais que eu não entendi e sem saber mais o que fazer e sem querer que ele precisasse repetir aquilo e que eu realmente precisasse digeri-lo apenas olhei para ele por um minuto e ele olhou de volta foi então que me ergui num salto e apertei a mão daquele homem que acabara de me dar algo que ninguém no mundo jamais tinha me d
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice LANÇAMENTOS NACIONAIS CIÊNCIA O Livro dos Números: uma História Ilustrada da Matemática Peter Bentley EDITORA Jorge Zahar QUANTO R$ 49 (272 págs.) O livro, escrito pelo professor Peter Bentley da University College, em Londres, aborda a ciência de forma atraente, mostrando conceitos da matemática presentes no cotidiano e nas artes. As explicações são ilustradas com fotos, pinturas, gravuras e diagramas. EMPRESAS Táticas Inteligentes para Tempos Difíceis Patrick Forsyth e Frances Kay EDITORA Clio QUANTO R$ 34,90 (208 págs.) Os consultores dão dicas para reorganizar as finanças quando o contexto econômico piora. Há conselhos para empresas que enfrentam problemas financeiros ou estão perdendo mercado. Entre os tópicos abordados estão política de preços, estratégias de venda e ideias para fazer negócios na internet. EMPREGO Juventude e Elos com o Mundo do Trabalho Alexandre B. Soares (coord.) EDITORA Cortez QUANTO R$ 24 (110 págs.) Pesquisadores do C
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice LANÇAMENTOS NACIONAIS CIÊNCIA O Livro dos Números: uma História Ilustrada da Matemática Peter Bentley EDITORA Jorge Zahar QUANTO R$ 49 (272 págs.) O livro, escrito pelo professor Peter Bentley da University College, em Londres, aborda a ciência de forma atraente, mostrando conceitos da matemática presentes no cotidiano e nas artes. As explicações são ilustradas com fotos, pinturas, gravuras e diagramas. EMPRESAS Táticas Inteligentes para Tempos Difíceis Patrick Forsyth e Frances Kay EDITORA Clio QUANTO R$ 34,90 (208 págs.) Os consultores dão dicas para reorganizar as finanças quando o contexto econômico piora. Há conselhos para empresas que enfrentam problemas financeiros ou estão perdendo mercado. Entre os tópicos abordados estão política de preços, estratégias de venda e ideias para fazer negócios na internet. EMPREGO Juventude e Elos com o Mundo do Trabalho Alexandre B. Soares (coord.) EDITORA Cortez QUANTO R$ 24 (110 págs.) Pesquisadores do C
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CRÍTICA ENSAIO Chesterton escreve apologia irônica do catolicismo popular Ao satirizar as teorias que negavam a divindade de Cristo, o autor combateu todo totalitarismo intelectual É FÁCIL DESCARTAR CHESTERTON COMO REACIONÁRIO. NO ENTANTO, O LIVRO É MAIS COMPLEXO ALCIR PÉCORA ESPECIAL PARA A FOLHA Após "Ortodoxia", a editora Mundo Cristão publica uma segunda apologia do cristianismo composta por G. K. Chesterton (1874-1936): "O Homem Eterno", de 1925. Trata-se de um arrazoado sutil, imaginoso, erudito e bem-humorado em defesa do catolicismo popular, de viés franciscano, contra as posições cientificistas e evolucionistas que dominavam o cenário intelectual, na Inglaterra eduardina. Em particular, Chesterton ataca o livro de H.G. Wells, "História Universal", de 1919, que adotava as teses darwinistas das origens evolutivas da humanidade e negava a divindade de Cristo, considerando-o tão somente um líder moral, um místic
São Paulo, sábado, 17 de julho de 2010 Próximo Texto | Índice Painel RANIER BRAGON (interino) - painel@uol.com.br A volta de Walfrido Réu no processo que investiga o valerioduto tucano, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia assumiu a coordenação-executiva em Minas Gerais do movimento suprapartidário de prefeitos pró-Dilma Rousseff (PT). Aliado de Lula e do PT, Walfrido já havia oferecido neste ano uma casa sua para uso de Dilma em Brasília, mas o PT achou por bem declinar. Filiado no ano passado ao PSB, o ex-ministro integrou em 98 a coordenação da campanha do tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas -"laboratório" do mensalão do PT, segundo o Ministério Público. Walfrido já participou de duas reuniões do movimento, a última no comitê central de Dilma, na terça. Dilmasia O convite a Walfrido foi feito pelo coordenador-geral do movimento em Minas, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), expoente do grupo de apoio ao tucano Antonio Anastasia para governador e Dilm
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Dilma Rousseff participa de evento ontem na Cinelândia, ao lado do governador do Rio, Sério Cabral, e do presidente Lula DO RIO A passeata que petistas esperavam reunir até 100 mil pessoas ontem para promover a candidatura de Dilma Rousseff (PT) teve um público que não passou de 15 mil pessoas, à tarde, segundo estimativa da Polícia Militar. Por volta das 20h, depois de forte chuva, a PM estimou o público em mil pessoas. Na véspera, o candidato ao Senado Lindberg Farias (PT) dissera que a expectativa era reunir 100 mil pessoas. A caminhada, da Candelária até a Cinelândia, contou com a presença da ex-ministra apenas nos 400 metros finais do trajeto de 1 km. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), principal organizador do evento, chegaram apenas para o comício na Cinelândia, às 19h20, quando grande parte do público já tinha ido. No final de seu discurso, às 20h30, Dilma disse estar muito feliz por estar no mesmo local onde foi realizado o históri
Próximo Texto | Índice Painel RANIER BRAGON (interino) - painel@uol.com.br Hora extra O PT decidiu montar no Rio de Janeiro um comitê eleitoral formado por funcionários das estatais para engrossar a campanha de Dilma Rousseff. O espaço, no Largo da Carioca, já foi alugado e as despesas serão pagas pelo partido. Mas o presidente do PT-RJ, Luiz Sérgio, admite que "vai passar o chapéu" entre os empregados das empresas para angariar fundos. Segundo ele, como o comitê está localizado próximo da Petrobras, do Banco do Brasil e do BNDES, os funcionários poderão passar por lá com facilidade "na hora do almoço" e "depois do expediente". "Tem um sentido simbólico, afinal são estatais que sobreviveram às privatizações do governo FHC", argumenta. Pedra fundamental A intenção dos petistas era inaugurar o "comitê estatal" hoje, para contar com a presença de Lula e Dilma no Estado. Mas por problemas de logística, decidiram adiar a solenidade para brev
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br O declínio do Ocidente ft.com O título acima saiu na capa do "Financial Times", abaixo do logo, chamando para coluna de Martin Wolf, com a ilustração abaixo. Diz que "o terremoto dos últimos três anos destruiu o prestígio ocidental", acabando com os dois séculos de domínio econômico e intelectual. "O Ocidente nunca mais terá a palavra definitiva. A ascensão das economias mais avançadas do G20 reflete nova realidade de poder e autoridade." Em quadro, contrasta a queda na produção de EUA, Japão e Alemanha ao salto dos Brics. Também no "FT", Edward Luce escreve sobre a "crise de credibilidade de Obama", que pode perder a maioria no Congresso, apesar das reformas financeira e da saúde. O texto termina ouvindo, de um consultor, "ainda é a economia, estúpido". O MODELO CHINÊS O chanceler de Cingapura, George Yeo, falou na universidade de Cambridge
Próximo Texto | Índice Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Racha na Força A adesão da Força Sindical ao manifesto de CUT, CTB, CGTB e Nova Central contra José Serra gerou crise na segunda maior central do país, com ameaça de debandada de sindicatos filiados. O documento acusa o tucano de "mentir" ao reivindicar a autoria de projeto que originou o Fundo de Amparo ao Trabalhador e ao dizer que tirou do papel o seguro-desemprego. Capitaneados pelos setores de construção civil e alimentos, sindicatos da Força lançarão nota de repúdio. "Isso não foi discutido com ninguém, foi uma besteira", afirma Antônio Ramalho, vice-presidente da Força, sobre a assinatura de Miguel Torres, instalado na presidência durante licença de Paulinho (PDT). Veja bem Diante da confusão instalada, Miguel Torres admite recuar: "Se tiver que rever, nós vamos chamar a direção da Força e rever. Não foi algo contra o Serra, mas sim para dizer que ele não é o pai dos projetos". O text
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice LUIZ FERNANDO VIANNA Somos idiotas RIO DE JANEIRO - O texto ocupava só uma coluna, em página par, no caderno sobre a Copa de 2014 publicado pela Folha na última segunda-feira. Mas gritava atenção por causa do contraste com tudo o que estava em volta. "Inglaterra-2018 já tem estádios e garantias", dizia o título. "O projeto de candidatura do país já tem suas 12 cidades-sede e os 17 jogos que abrigarão os jogos", assinalava o texto. Se o presidente Lula disser que não é justo nos comparar à Inglaterra, estará sendo contraditório. Ele não se orgulha de fazer do Brasil um protagonista da política e da economia internacionais, livrando-nos do complexo de vira-lata, assim batizado por Nelson Rodrigues? Então por que, em vez de preparar uma Copa exemplar, os responsáveis públicos e privados não fizeram praticamente nada desde 2007, quando o país foi escolhido sede sem precisar sequer enfrentar concorrentes? A resposta é: somos idiota

Problemas brasileiros

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice ELIANE CANTANHÊDE O voto e o tabu BRASÍLIA - Oficialmente, não há melhor oportunidade para discutir temas de interesse público do que em anos eleitorais. Na prática, porém, é exatamente quando os candidatos fogem feito diabo da cruz de questões espinhosas como o aborto, tratadas como tabus. Por mais que José Serra e Dilma Rousseff sejam favoráveis à descriminalização, ao contrário da evangélica Marina Silva, eles não admitem, pois o que vale não é o avanço do debate, mas o pragmatismo e o voto. Não querem se indispor com o forte eleitorado conservador da sociedade, muito menos com setores religiosos que têm cada vez mais poder financeiro, midiático e sobre os votos dos seus rebanhos. Não se trata, porém, de uma questão religiosa nem moral, mas da realidade: ninguém pode ser a favor do aborto, mas milhões de brasileiras recorrem a ele porque não têm outro jeito. E devem ser assistidas, até porque as que podem podem, as que não podem correm o risco
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Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CLIQUE DAYTUM O serviço ajuda o usuário a coletar, organizar e comunicar os dados e estatísticas relacionados a sua rotina diária. daytum.com RAINY MOOD O site traz uma sequência de sons de chuva. O som é recomendado para relaxar, dormir ou até mesmo ouvir junto com uma música. rainymood.com PRO/CON LISTS Site que traz ferramenta para criação de lista de prós e contras, com a intenção de ajudar na tomada de decisões. proconlists.com TEAM APART A página possibilita que o usuário faça uma videoconferência sem sair do navegador e sem baixar programas. teamapart.com GOAL BOT Site que ajuda o usuário a perceber seu potencial para atingir seus objetivos. Traz ferramentas e ações detalhadas para que a meta estabelecida pelo usuário seja alcançada. goalbot.org Texto Anterior: Aplique-se: Programas para seu celular Próximo Texto: Sob a tutela do Google, Chrome cresce
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice HABITAÇÃO Governo vai aumentar valor do imóvel do Minha Casa, Minha Vida DE BRASÍLIA - O governo federal vai aumentar o teto do valor dos imóveis que poderão ser financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O subsídio do governo para a compra desses imóveis também será elevado. As mudanças devem valer a partir de 2011. A informação foi dada ontem pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento), após reunião com o presidente Lula em Brasília. A meta do governo é contratar a construção de 1 milhão de casas até o fim de 2010 (até agora foram pouco mais de 500 mil unidades) e mais 2 milhões entre 2011 e 2014. De acordo com Bernardo, a expectativa do governo é definir os valores na próxima semana e enviar já no começo de agosto os projetos de lei com as mudanças para votação no Congresso. O governo quer aprová-los no início de 2011.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Zico diz que Fla chegou ao limite Ex-jogador pede desculpas aos torcedores e declara que o clube está sendo "achincalhado" CIRILO JUNIOR DO RIO Diretor de futebol do Flamengo, Zico criticou ontem, em tom duro, o comportamento de jogadores da equipe depois da conquista do Campeonato Brasileiro, no fim do ano passado. Para ele, o título acabou sendo "muito ruim" para a equipe carioca. "Não é porque se ganhou um título que se pode fazer qualquer coisa. Aconteceram fatos que denegriram a imagem do clube. Se for para ter tudo isso, é preferível não ganhar", afirmou o ex-jogador. Zico acrescentou que o clube está sendo "achincalhado" nas últimas semanas, por causa do caso Bruno, e pediu desculpas à torcida. "Não se pode tolerar uma situação como essa. É duro para quem tem uma vida no clube, como eu, ver o torcedor cabisbaixo nas ruas. O Flamengo é maior que tudo isso. Chegamos ao limite." O maior ídolo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice RUY CASTRO Último da turma RIO DE JANEIRO - Em maio de 1959, o "Jornal do Brasil" carregava o peso de seus 68 anos. Era um jornal caótico, feio e ultrapassado -alguns de seus colaboradores ainda usavam bigode encerado. Era, sobretudo, um jornal de classificados- os anúncios ocupavam quase toda a primeira página, e quem fosse visto lendo-o estava procurando emprego ou faxineira. E, então, sem aviso nem fanfarra, na manhã de 2 de junho, diante de um quase irreconhecível "Jornal do Brasil" nas bancas, todos os outros jornais é que pareceram caóticos, feios e ultrapassados. Ele ficara limpo, elegante e moderno, com os títulos parangonados, os textos e fotos dispostos geometricamente, as colunas separadas por espaços, e não fios. Mas o principal seria sua reforma jornalística, capitaneada pelo jovem Janio de Freitas, depois continuada por seus sucessores. A partir daí, trabalhar no "JB" tornou-se a aspiração de todo jorna
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br Subindo morro Alamy/economist.com Para a "Economist", "favelas em desenvolvimento" Sob o título "Em busca de Eldorado", a "Economist" foi à comunidade de Eldorado, "extremo distante de São Paulo", sua "parte mais pobre". E contou: dois supermercados, um desmonte de carros, 60 "internet cafés", dois salões de cabeleireiro, três pizzarias, uma igreja pentecostal. "O banco fez toda a diferença", diz a revista, relatando como o Bradesco decidiu abrir uma agência no ano passado. Por fim, "Lula visita a favela na semana que vem".   Sob o título "Santander busca consumidores em favela", o "Financial Times" foi ao Complexo do Alemão, "uma das comunidades mais violentas do Rio". Escreve que o "império bancário espanhol abriu sua primeira agência em favela atraído pela alta geral nos pad
Os EUA tiveram seus grandes "barões ladrões", o capitalismo de Pindorama nem isso conseguiu A PREFEITURA DO RIO de Janeiro pretende comprar o palacete que pertence à família Guinle de Paula Machado, na rua São Clemente (Botafogo). Os donos queriam R$ 15 milhões, mas deixariam por R$ 10 milhões. A cinco minutos dali, caindo aos pedaços, está o Hospital Rocha Maia. Por que a Viúva gastará semelhante ervanário para comprar uma exuberância sem saber o que vai fazer com ela? A casa, tombada pelo Iphan, está em bom estado, assim como seus mil metros quadrados de jardins. Se alguém estiver interessado, que faça uma oferta, deixem a Boa Senhora longe dessa. No final do século 19 e nas primeiras décadas do 20 os endinheirados do Rio de Janeiro construíam palacetes em Botafogo, e os mais belos ficavam na São Clemente. Nessa mesma época os milionários americanos erguiam mansões na Quinta Avenida, em frente ao Central Park. Quem percorrer esses trajetos poderá admirar a grandeza do capit
Próximo Texto | Índice Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br O fator PT O comando da campanha de Dilma Rousseff discute como reagir à tentativa de José Serra de "jogar o PT no colo" da candidata, dando a entender que ela, à diferença de Lula, ficaria refém dos "radicalismos" do partido. No QG dilmista, há quem enxergue na tática do tucano, alavancada pelo episódio do documento que a adversária "rubricou sem ler", somente mais um teste de discurso, sem grandes chances de emplacar na maior parte do eleitorado. Mas há também quem recomende cautela para não morder a isca jogada por Serra, colocando em risco a imagem "paz e amor" tão cuidadosamente construída para Dilma. Hagiografia Trecho sobre a infância de Dilma em biografia disponível no novo site da campanha: "Certo dia, bateu à porta um menino tão magro e de olhos tão tristes que ela rasgou ao meio a única nota que tinha. Ficou com metade da cédula e deu a outra metade ao menino. Dilma
Não existe droga benéfica, diz associação DE SÃO PAULO A Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas) é "totalmente contrária" a qualquer tipo de liberdade para o uso da droga. De acordo com o psiquiatra Carlos Salgado, presidente da instituição, não é verdade que a maconha seja uma droga benéfica, como defendem outros cientistas brasileiros. Folha - A Abead tem uma posição fechada sobre a liberalização da maconha? Carlos Salgado - Não concordamos com qualquer liberalidade para nenhuma nova droga. Como não concordamos nem para o tabaco e o álcool. Alguns avanços foram obtidos com o tabaco, exatamente porque a sociedade não concorda com a liberalidade. A maconha, mesmo em alguns casos, pode ser considerada uma droga benigna? A maconha não é uma droga benigna. Não é uma droga menor, isenta de risco. Apesar de ela ser um grande problema de saúde pública no mundo inteiro, por ser a droga mais consumida entre as ilícitas, existem poucos usuários ligados de fo
Neurocientistas renomados assinam documento em defesa da legalização da droga até para fins "recreativos" Nota foi motivada pela prisão do baixista da banda de reggae Ponto de Equilibrio, por plantio de maconha EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO Um grupo de neurocientistas que estão entre os mais renomados do país escreveu uma carta pública para defender a liberalização da maconha não só para uso medicinal, mas para "consumo próprio". Assinam a carta nomes como Stevens Rehen, da UFRJ, coautor da primeira linhagem de células tronco no país, e Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto de Neurociências de Natal. Eles falam em nome da SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento), que representa 1.500 pesquisadores. A motivação do documento foi a prisão -um "equívoco", diz o texto- do músico Pedro Caetano, baixista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, que ganhou repercussão na internet. Ele está preso desde o dia 1º sob acusação de tráfico por cultiva