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Zico diz que Fla chegou ao limite
Ex-jogador pede desculpas aos torcedores e declara que o clube está sendo "achincalhado"

CIRILO JUNIOR
DO RIO

Diretor de futebol do Flamengo, Zico criticou ontem, em tom duro, o comportamento de jogadores da equipe depois da conquista do Campeonato Brasileiro, no fim do ano passado. Para ele, o título acabou sendo "muito ruim" para a equipe carioca.
"Não é porque se ganhou um título que se pode fazer qualquer coisa. Aconteceram fatos que denegriram a imagem do clube. Se for para ter tudo isso, é preferível não ganhar", afirmou o ex-jogador.
Zico acrescentou que o clube está sendo "achincalhado" nas últimas semanas, por causa do caso Bruno, e pediu desculpas à torcida.
"Não se pode tolerar uma situação como essa. É duro para quem tem uma vida no clube, como eu, ver o torcedor cabisbaixo nas ruas. O Flamengo é maior que tudo isso. Chegamos ao limite."
O maior ídolo da história do Flamengo declarou ainda que "é preferível ter um clube limpo do que ganhar um título e acontecer tudo o que aconteceu". Para o eterno camisa 10 da Gávea, os jogadores terão de resgatar dentro de campo o orgulho do torcedor flamenguista.
O time vai tentar fazer isso a partir de hoje, na reestreia no Campeonato Brasileiro, no clássico contra o Botafogo, às 21h, no Maracanã.
Sem as estrelas do primeiro semestre, os atacantes Adriano e Vagner Love, o atual campeão do torneio tenta promover a estreia do volante Corrêa, ex-Palmeiras e Atlético-MG, mas ainda aguarda a liberação da CBF para escalar o jogador.
O Botafogo, que em três jogos contra o Flamengo pelo Estadual do Rio deste ano venceu dois e empatou um, terá o desfalque do atacante Loco Abreu, que defendeu o Uruguai na Copa do Mundo e ainda não voltou ao Brasil.

RONALDINHO
O Flamengo sonha com o meia-atacante Ronaldinho, atualmente no Milan, para aplacar o noticiário negativo envolvendo o clube carioca.
A presidente Patricia Amorim disse ontem que a contratação é "possível", mas que o Flamengo não fará sacrifícios para trazer o jogador.
Ela afirmou que Ronaldinho, que foi eleito pela Fifa o melhor do mundo em 2005, daria um retorno de marketing muito grande, "não necessariamente em gols".
O sacrifício ao qual ela se refere é bancar a rescisão do contrato, que se encerra no meio de 2011, e um ano de salários que Ronaldinho receberia no clube italiano. O Flamengo está disposto a negociar uma solução. A presidente diz que é possível arcar com o salário do jogador.
"Gostaria de dar esse presente à torcida. O torcedor está sangrando, com o orgulho ferido. Seria uma alegria", afirmou. De acordo com o jornal italiano "Gazetta dello Sport", a cúpula do Milan admite liberar Ronaldinho antes do fim do contrato.

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