"Parecia guerra; carros largados, gente correndo"
DO RIO

O estudante João Roberto Magalhães, 20, chegava ao condomínio onde mora, na avenida Aquarela do Brasil, em São Conrado, quando ouviu gritos e tiros. "Vi um cenário de guerra. Carros largados, com marcas de tiros, pessoas correndo."
Ao chegar em seu prédio, cinco homens bateram no vidro do carro, pedindo que ele abrisse a porta. Magalhães conta que se recusou e o grupo seguiu adiante, correndo.
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Como não havia porteiro para abrir a guarita, o estudante abandonou o carro e correu em direção a outra entrada. "Eu corria e tentava me proteger dos tiros. Caí no chão, me ralei todo, mas consegui entrar".
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Outra moradora, que não quis se identificar, contou que o tiroteio, ensurdecedor, começou às 8h20, "Nunca vi nada igual. As pessoas gritavam apavoradas dentro de seus apartamentos."
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Para o hóspede americano Douglas Sheldon, administrador de um fundo de investimentos, a invasão do Intercontinental por traficantes foi um fato isolado. "Isso acontece", disse, comparando o episódio a ataques a escolas em seu país.

"Lá [nos EUA] não chega um maluco e sai atirando, matando 15 pessoas? Isso não significa que o país seja violento".
Sheldon brincou com o forte policiamento que cercava o hotel após o fim da invasão. "Aqui será o local mais seguro do Rio nos próximos dias."

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