Com mais de 10,7 milhões de espectadores, "Tropa de Elite 2" quebra recorde de 34 anos, passa "Dona Flor" e se torna filme brasileiro mais visto ...
Com mais de 10,7 milhões de espectadores, "Tropa de Elite 2" quebra recorde de 34 anos, passa "Dona Flor" e se torna filme brasileiro mais visto da história
ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
Parecia um recorde imbatível. Os 10.735.525 ingressos vendidos por "Dona Flor e seus Dois Maridos", filme de 1976, dirigido por Bruno Barreto, se tornaram, para o cinema brasileiro, uma espécie de referência de um passado que não retornaria jamais.
O sucesso de "Dona Flor" foi repisado, durante anos, como exemplo do país das 3,2 mil salas de cinema e do público que ainda não tinha sido fisgado pelo entretenimento doméstico.
Sendo outros os tempos, seriam outros também os números, diziam muitos.
Pois ontem de manhã, Marco Aurélio Marcondes, responsável pela distribuição de "Tropa de Elite 2", acordou com os sinais de somar a perturbar-lhe o sono. A depender do público que tivesse ido ver o filme na noite de terça, a marca histórica teria sido quebrada.
Borderô daqui, borderô dali e Marcondes cravou: 23 mil pessoas tinham comprado ingressos anteontem. Com isso, o filme dirigido por José Padilha chegou aos 10.736.995 espectadores.
"Estou aliviado", confessa, do outro da linha, Bruno Barreto, que tinha 22 anos quando virou o cineasta mais visto do Brasil. "Foi um grande fardo carregar esse recorde esse tempo todo. A cada filme que eu lançava, me perguntavam: "E aí, quando vem outro "Dona Flor'?."
Agora, a pergunta que mais se ouve por aí é quando vem "Tropa de Elite 3".
DUAS ERAS
"Essas duas marcas unem duas eras do cinema brasileiro", diz Marcondes, responsável também pelo lançamento do segundo -agora terceiro- filme mais visto da história, "A Dama do Lotação" (1978).
"Mas é difícil comparar as coisas. Naquele tempo, o Cine Ipiranga tinha 1,8 mil lugares. Hoje, juntando todas as salas de um shopping, dificilmente chegamos a esse número", diz Marcondes. "Dama" foi lançado com apenas 90 cópias. "Tropa", com cerca de 600.
Há, ainda, um outro tempo que sequer está no radar das estatísticas.
Antes de 1970, houve também filmes brasileiros de sucesso. Mas os dados anteriores a esse período não são oficiais e, em geral, estão incompletos.
ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
Parecia um recorde imbatível. Os 10.735.525 ingressos vendidos por "Dona Flor e seus Dois Maridos", filme de 1976, dirigido por Bruno Barreto, se tornaram, para o cinema brasileiro, uma espécie de referência de um passado que não retornaria jamais.
O sucesso de "Dona Flor" foi repisado, durante anos, como exemplo do país das 3,2 mil salas de cinema e do público que ainda não tinha sido fisgado pelo entretenimento doméstico.
Sendo outros os tempos, seriam outros também os números, diziam muitos.
Pois ontem de manhã, Marco Aurélio Marcondes, responsável pela distribuição de "Tropa de Elite 2", acordou com os sinais de somar a perturbar-lhe o sono. A depender do público que tivesse ido ver o filme na noite de terça, a marca histórica teria sido quebrada.
Borderô daqui, borderô dali e Marcondes cravou: 23 mil pessoas tinham comprado ingressos anteontem. Com isso, o filme dirigido por José Padilha chegou aos 10.736.995 espectadores.
"Estou aliviado", confessa, do outro da linha, Bruno Barreto, que tinha 22 anos quando virou o cineasta mais visto do Brasil. "Foi um grande fardo carregar esse recorde esse tempo todo. A cada filme que eu lançava, me perguntavam: "E aí, quando vem outro "Dona Flor'?."
Agora, a pergunta que mais se ouve por aí é quando vem "Tropa de Elite 3".
DUAS ERAS
"Essas duas marcas unem duas eras do cinema brasileiro", diz Marcondes, responsável também pelo lançamento do segundo -agora terceiro- filme mais visto da história, "A Dama do Lotação" (1978).
"Mas é difícil comparar as coisas. Naquele tempo, o Cine Ipiranga tinha 1,8 mil lugares. Hoje, juntando todas as salas de um shopping, dificilmente chegamos a esse número", diz Marcondes. "Dama" foi lançado com apenas 90 cópias. "Tropa", com cerca de 600.
Há, ainda, um outro tempo que sequer está no radar das estatísticas.
Antes de 1970, houve também filmes brasileiros de sucesso. Mas os dados anteriores a esse período não são oficiais e, em geral, estão incompletos.
Comentários